segunda-feira, 30 de abril de 2012

Compulsão Sexual


A compulsão sexual causa grande sofrimento. Os prejuízos sociais e ocupacionais que ela provoca afetam vários aspectos da vida.
O que caracteriza este grave transtorno são fantasias repetitivas, desejos incontroláveis e comportamentos sexuais excessivos, que não podem ser evitados. Ela também é chamada de Impulso Sexual Excessivo ou Comportamento Sexual Compulsivo ou Dependência de Sexo ou Adição Sexual e provavelmente passará a ser chamada Transtorno Hipersexual a partir de 2013.

Como identificar a Compulsão Sexual?
São exemplos de comportamentos relacionados à compulsão sexual:
Masturbação,
Visitas constantes a sites pornôs,
Relações sexuais anônimas,
Elevado número de parceiros,
Sexo por telefone ou "salas de bate-papo",
Visitas a casas de massagem, clubes de sexo ou de strip.
Para fazer o diagnóstico de compulsão sexual, devem estar presentes, pelo menos, três dos seguintes aspectos:
Com o passar do tempo, a mesma satisfação só pode ser alcançada por meio de práticas sexuais mais intensas e recorrentes (podem ser apenas fantasias/pensamentos geralmente acompanhados de masturbação);
O tempo e energia gastos com o comportamento sexual fica cada vez maior;
Há mal-estar físico ou emocional quando se tenta diminuir ou evitar o sexo;
Fracasso ao tentar controlar o comportamento sexual;
Muita energia e tempo consumidos na procura por sexo ;
Em vez de trabalhar, estudar ou ficar com a família, como era sua intenção, a pessoa ocupa-se com o sexo;
Não consegue se controlar apesar de perceber as conseqüências negativas de seus atos.

Fonte:
Acessado em 30 março 2012.














domingo, 15 de abril de 2012

Obesidade Feminina e a Sexualidade


Introdução

A gordura, na obesidade, pode ser uma forma de manifestação de conflitos e de vivências sofridas, e não uma "distorção do caráter". É a resultante da combinação de fatores genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, dietéticos, sociais, familiares e psicológicos. E, a partir destes últimos enfoques, a gordura está relacionada com valores como força, sexo, criação, limites, afirmação, maternidade, proteção, estabilidade e raiva. Portanto, a obesidade é a expressão de uma dinâmica, não de um problema.
Os contos de fadas fazem várias referências aos temas ligados à alimentação. O encantamento e prisão através da comida aparece em "Joãozinho e Maria", onde os heróis, abandonados pelos pais, são seduzidos pela bruxa (que pode ser interpretada pelas crianças como símbolo da mãe perversa, que não cuida) através dos doces; são anestesiados pelo açúcar e podem ser devorados pela "mãe má", embora pensem que estão sendo cuidados; Nos "Três Porquinhos", os heróis precisam construir uma estrutura concreta (casa de tijolos), para não serem comidos pelo Lobo Mau; "Chapeuzinho Vermelho" vai levar comida à casa da avó, e "não deve sair da linha pois pode encontrar o lobo" (referência ao começo do interesse pela sexualidade), mas não segue o conselho, de modo que torna-se a comida do lobo, ao lado da avó; "Branca de Neve", na adolescência, é envenenada pela comida - a maçã oferecida pela bruxa (mãe perversa) - e só volta à vida após expelir a fruta. (Mara Liberman - "Obesidade e mitos: O feminino posto em questão")
Nos desenhos animados e quadrinhos, a comida está também presente com enorme freqüência, como em desenhos do "Pica-pau" e "Tom & Jerry": a busca compulsiva do alimento geralmente acaba em catástrofe (como esquecer a mão dentro do sanduíche) . A comida é também usada como forma de sedução (as "tortas" da Vovó Donalda).
Na linguagem mais vulgar, é feita uma correlação direta entre comida e sexualidade, que aparece nas expressões "comer alguém" e "comer uma mulher".
O alimento é um condutor de afeto. Torna-se problema quando está substituindo os afetos, as rejeições, os confrontos, etc. A obesidade, então, é uma forma inadequada de usar a função alimentar, na tentativa de camuflar problemas que vão se tornando tão insolúveis, a ponto de gradativamente reduzirem-se as opções de vida. Na obesidade há uma mistura de sentimentos, sensações e imagem corporal.

Imagem Corporal
A maneira pela qual percebemos o nosso corpo é o resultado de um grande número de experiências que vamos acumulando na vida, sob a coordenação do sistema nervoso central. A imagem corporal é uma espécie de "retrato mental" que a pessoa faz de sua própria aparência física e das atitudes e sentimentos em relação a esta.
O obeso tem uma imagem corporal distorcida, e esta distorção é tanto mais intensa quanto mais antiga for sua obesidade. Quando começa na infância, sobretudo, a pessoa pode ter a impressão de que seu corpo é vergonhoso e grotesco, que os outros a olham com desprezo ou hostilidade, e que quem se aproxima o faz por pena ou por ser igualmente monstruoso. As próprias crianças demonstram preferência por crianças magras, associando-as a popularidade, inteligência e habilidade esportiva, enquanto que as "gordinhas" são consideradas tolas e solitárias. Na adolescência, pode aparecer um medo mórbido de engordar. A criança ou a adolescente "aprende" que seu corpo é feio e desagradável e vai se tornando cada vez mais "inimiga" dele. Vão surgindo vários tipos de comportamentos alterados, como a procura do isolamento, a evitação de se expor em praia e piscina e até em lugares públicos onde a roupa protege (shoppings, restaurantes), atitudes que refletem um medo de ser visto e de ser "mal visto" e "não amado". Incapazes de perceber as próprias necessidades corporais, as gordas se referem ao corpo como algo externo a si mesmas: elas não se sentem identificadas com o que consideram uma coisa incômoda e feia que estão condenadas a carregar pela vida afora e na qual sentem-se confinadas ou aprisionadas. Entretanto, esta relação com o próprio corpo é um espelho da relação que a obesa tem com a própria vida, pois este corpo é um retrato de sua impotência, vazio, culpa, medo da destruição: o corpo é rejeitado e o vazio interior é preenchido com comida.

Meios de Comunicação
Seguir a moda não é apenas vestir a roupa de grife. Também o corpo deve ser adequado ao local e à época.
Os meios de comunicação costumam retratar a mulher ora no papel de objeto sexual ora no papel materno. Com relação ao primeiro, desde pequena ela é criada para seduzir e conquistar o homem, através da aparência e dos bons modos. Para ter este "corpo certo", ela se torna escrava das indústrias da moda e da dieta, que criam o modelo ideal e depois propagandeiam e vendem este modelo para mulheres de todas as idades e níveis sócio-econômicos.
E este trabalho não acaba, pois o padrão muda praticamente todo ano. Atualmente, o corpo da mulher "tem que ser " magro, sem pêlos supérfluos, desodorizado, perfumado e bem vestido.
Uma vez casada, a mulher pode "relaxar", pois seu "objetivo" foi alcançado, ela sai do "mercado" e está pronta, com o respaldo da sociedade, a assumir o papel de mãe ("madona"), fortemente ligado ao aspecto nutricional (vide as anedotas relacionando às mães italiana e judia com "alimentação").
A existência do "peso ideal" e do "padrão de magreza ideal", nas culturas ocidentais, é desencadeadora de depressão e de transtornos alimentares.

Profissão
As mulheres bem sucedidas, quando mostradas pela mídia, são magras, e a imprensa dá tanto valor aos discursos quanto aos trajes usados pelas mulheres de projeção. Entretanto, se forem gordas, logo surgirão as críticas e as piadas, onde invariavelmente se coloca em dúvida as tendências sexuais da "vítima". Numa demonstração plena da sua ambivalência, a moral patriarcal tende, por outro lado, a estigmatizar a mulher magra e bonita como vaidosa, fútil, frívola, incompetente, a "bonita e burra".
Miller PM & Rankin H, em "Se sou tão inteligente por que como tanto?", descrevem a Síndrome do Apetite Excessivo da Mulher Dinâmica (SAEMD), caracterizada por um "comportamento consumista que oscila entre o comer saudavelmente, de um lado, e exageros alimentares e exercícios errados, de outro".
A mulher é candidata a esta síndrome se tiver as seguintes características:
- idade entre 21 e 50 anos;
- for sistemática, orientar-se por horários e apegar-se a detalhes;
- for consciente de sua saúde e de seu peso;
- for exigente consigo mesma;
- estiver em busca de sucesso; e
- for inteligente e bem-educada.
Esta mulher, em 80% das vezes faz uma dieta rígida, com alimentos selecionados; entretanto, nos restantes 20% parece descontrolada, comendo com sofreguidão não qualquer tipo de alimento, mas um tipo ou grupo preferencial, como doces, frituras e pães.

Sexualidade
Quando pensamos nos vários problemas decorrentes do fato ser gorda, percebemos que são atingidas áreas sensíveis, como infidelidade, insatisfação sexual, raiva, e, a coisa mais importante e dolorosa - o medo de ser um fracasso como pessoa.
Existe relação entre comer exageradamente e sentir frustração sexual. Nem todas as pessoas sexualmente frustradas comem exageradamente, mas o inverso é verdadeiro: as que comem de forma compulsiva não se sentem sexualmente gratificadas (com sensação de plenitude, calma e satisfação). A pessoa sexualmente realizada tem um contato satisfatório com seu corpo, percebe as suas necessidades e procura racionalmente atendê-las.
A autonegação do prazer leva a pessoa a rejeitar seu corpo e a reduz a uma dependência infantil em relação à comida, que passa a ser a única forma de satisfação corporal. Outras maneiras não saudáveis de descarregar as frustrações são os atos delinqüências, o alcoolismo, o uso de drogas, a promiscuidade sexual, etc.
A gordura pode ser o mecanismo utilizado pela obesa para negar sua sexualidade, evitar os perigos a esta associados e protegê-la do assédio dos homens. É como se seu objetivo fosse construir um muro de carne entre ela própria e os outros. Aos poucos, sua fome de vida, fome sexual e fome espiritual convergem num único desejo, o do alimento proibido.
Não tendo noção de sua própria identidade feminina, pode acontecer da mulher conseguir definir a si própria baseada apenas em valorem masculinos, ou pelo tipo de relação que mantém com os homens; surgem, assim, a mãe bondosa, dedicada e paciente; a filha dócil e obediente; a esposa elegante, discreta, perita nas prendas domésticas, com noção superficial sobre vários assuntos (o suficiente para conversar com outras esposas), e bem mais conhecida pelo sobrenome do marido do que pelo próprio nome.
Várias mulheres, ao se tornarem adultas, engordam com medo de serem transformadas em objetos sexuais. Outras ficam obesas como forma de neutralizar sua identidade sexual perante as outras pessoas; para estas, o peso constitui-se uma proteção, por trás da qual se escondem.
Se retira os aspectos sexualizantes, a obesidade também afasta os aspectos competitivos presentes nas interações. Sentindo dificuldade para lidar com estes aspectos, a mulher obesa nem mesmo tenta entrar no "mercado", pois antecipadamente não se propõe a vencer, e aliás nem mesmo a entrar no "jogo". Renuncia à possibilidade de ser protagonista, contentando-se com o papel de coadjuvante, ou seja, a "melhor amiga", a "confidente". Nos romances, sabemos, a heroína é sempre magra e esbelta; gorda é a amiga solteira, a criada de confiança, a prima feia, a "tia fofoqueira", etc.
A mulher gorda deseja esconder-se mas, paradoxalmente, ela é sempre a pessoa mais notada.
Com tudo isso, fica fácil perceber que a gordura transforma-se no símbolo visual de todos os aspectos físicos e psicológicos que a pessoa odeia em si mesma. Não ocorre uma adequada percepção do "eu", pois a obesidade substitui a identidade: não existe identidade - a pessoa é "só gorda".
O deslocamento dos impulsos sexuais para a comida freqüentemente começa já na puberdade. Mais tarde, as fantasias sexuais "impensáveis", não aceitas, também são deslocadas para a comida.
A obesa nega a sexualidade e o amor, evita ser desejada, mesmo que seja renunciando à sua feminilidade, à possibilidade de ser bela, e até à própria liberdade (pela diminuição da mobilidade): tende a tornar-se um vegetal, sem noção de corpo e de ego. Sua figura pode ser agradável ("gordinha simpática", "gorda bonachona"), como vimos não é competitiva. Mas é inconsciente de seu papel no mundo, é inconsciente de seu relacionamento consigo própria e com sua feminilidade; o caminho trilhado é o de preencher o vazio através do comer ou do "beliscar" o tempo todo. E isto leva à depressão e aos pensamentos ou tendências suicidas, pois existe um profundo grau de negação da vida.
Excesso de alimentação e casamento podem ter uma interação importante. É sempre oportuno lembrar que o problema de peso não deve ser encarado isoladamente, mas dentro de um contexto, que tem a ver com o estilo de vida da pessoa, onde se incluem sua auto-estima, os sentimentos sexuais e a satisfação conjugal.
Engordar após o casamento é um fato extremamente comum. Sentindo-se mais segura por considerar-se "garantida", a mulher pode achar que é tempo de abandonar os sacrifícios do regime e "premiar-se" com as guloseimas que aprecia, mas era obrigada a privar-se.
"Dona-de-casa" é uma das profissões mais "engordativas" que existem. Pouco valorizada, mal recompensada, às vezes desprezada, é na cozinha que ela se refugia para armar suas trincheiras contra o tédio, a depressão e o amargo sentimento crônico de inutilidade.
Muitas mulheres fazem uma ligação inconsciente entre comer doces e o prazer sexual. Algumas falam, meio sérias, meio brincando, em orgasmo gastronômico" (Alexander Lowen: "O corpo traído"), ao se referirem aos prazeres proporcionados por suas comidas prediletas. Se o casamento não lhes fornece a sonhada gratificação sexual e afetiva, recorrem à comida no papel de substituto. "O comer até que o ego caia no inconsciente torna-se paródia do orgasmo; por trás disso, está o forte desejo de libertar-se da tensão na paz, no sono e até na morte" (Marion Woodman: "A coruja era filha do padeiro").
As queixas mais comuns de decepção referem-se à baixa freqüência das relações sexuais, ao desinteresse do marido por sexo e à pouca gratificação pela qualidade das relações sexuais.
A insatisfação conjugal pode chegar a um ponto em que as carências emocionais e sexuais são confundidas com a fome física, podendo ser atendidas concretamente, ainda com a vantagem de não depender de ninguém (entenda-se o marido) para se satisfazer.
Por isso, Stuart R & Jacobson B ("Peso, sexo & casamento") dizem que "um mau casamento é tão engordativo como um sundae com calda de chocolate".
Além da parte sexual/genital propriamente dita, as relações conjugais freqüentemente são insípidas, sem sabor, ou tornam-se dramaticamente infernais. Insípidas quando o relacionamento é vivido no clima do faz-de-conta; infernais quando os parceiros colocam-se mutualmente exigências difíceis de serem atendidas (Sylvia Perera: "Caminho para a iniciação feminina").
Muitas mulheres mostram um claro temor de parecerem sexualmente atraentes, por confundirem sensualidade com promiscuidade. Para algumas, o desejo de manter sexo extraconjugal aparece ou aumenta quando emagrecem, e diminui ou desaparece quando engordam, além de que diminui o desejo de transformar fantasias sexuais em realidade. Da mesma forma, o desejo sexual aumenta e a inibição sexual diminui quando elas se sentem satisfeitas com seus corpos.
Muitas mulheres, de forma consciente ou inconsciente engordam como tentativa de inibir o desejo sexual do marido e também o seu próprio interesse sexual. Esta aversão ao sexo marital ocorre sobretudo em três tipos de situações: quando o marido é muito gordo e sua obesidade causa repugnância à mulher; quando a vida sexual do casal torna-se extremamente rotineira e monótona; e quando o marido é desinteressado sexualmente.
Engordar, para manter o marido à distância e evitar o sexo, curiosamente não acontece nos casamentos mais infelizes (onde é mais fácil dizer "Não!", além de que os maridos também já não estão interessados em sexo) - mas nos casamentos medianamente infelizes, onde a estabilidade da relação parece ser mais importante do que o amor-próprio e do que o próprio corpo. É principalmente nestas mulheres - desassistidas afetiva e sexualmente - que podemos observar como o lado feminino erótico e lúdico fica compactado dentro da gordura e da excessiva massa corporal.
Às vezes, o peso da mulher é o principal assunto de sua vida conjugal. Pode até acontecer de ela não emagrecer como forma de demonstrar resistência à vontade do marido. É claro que seu corpo se transforma num campo de batalha, mas esta mulher parece estar querendo se convencer de que é melhor ser "gorda e independente" do que "magra e submissa".
Os maridos podem exercer um importante papel na manutenção da obesidade da mulher. Uma das principais maneiras é estar constantemente solicitando que ela emagreça, embora o que realmente consigam é fazer com que a mulher se sinta ofendida e rejeitada. Como um número enorme de mulheres se considera gorda independentemente do peso, a crítica do companheiro apenas confirma a sensação de que ela deve emagrecer se deseja ser estimada. Outra forma é jogar diretas ou indiretas, onde são feitas comparações com outras mulheres; pode acontecer de a esposa se sentir tão culpada que até justifique o fato de ele ter uma amante "magra".
Há maridos cuja especialidade é a "dupla mensagem", isto é, enviam simultaneamente mensagens contraditórias entre si, de modo que qualquer resposta estará irremediavelmente incorreta. Um dos exemplos mais freqüentes da dupla mensagem é dar a entender à esposa que deseja vê-la magra e estar constantemente comprando bombons para ela, ou convidando-a a comer pizza.
O marido também boicota o regime da mulher quando obtém benefícios secundários da obesidade desta. Os motivos são vários, desde o medo da infidelidade dela (caso fique magra) - levando a ciúmes, suspeitas, temores e ataques - passando pela falta de interesse sexual ou até impotência (onde a gordura é "culpada") e chegando até à própria obesidade masculina (ele se sentiria desmoralizado e menos atraente sexualmente se apenas ela emagrecesse).
Enfim, tudo isso mostra como o contexto, o ambiente em que vive a mulher obesa, pode contribuir para o seu emagrecimento ou para a manutenção da gordura.
Embora os homens gordos possam ser "perdoados" e aceitos por terem uma boa posição sócio-econômica, profissional ou simplesmente por serem considerados inteligentes, na mulher gorda nada se perdoa, tudo é motivo para críticas depreciativas - inclusive feitas por outras mulheres.
Resumindo, o excesso de peso pode oferecer os seguintes benefícios à mulher obesa:
- proteção contra ameaças sexuais;
- proteção contra o sexo extraconjugal;
- uma maneira de exprimir (ou reprimir) raiva;
- proteção contra o risco de fracassar;
- sensação de vitória na luta contra o poder masculino.
Qualquer que seja o caso, é recomendável um trabalho de auto-conhecimento - a fim de que a mulher possa aprender a reconhecer e identificar de forma consciente as suas emoções, sentimentos e percepções - onde ela poderá modificar este padrão de comportamento, em que as decepções e frustrações se manifestam e são compensadas de forma física, através do excesso de comida e da obesidade.
O trabalho de conscientização psicoterápico traz a possibilidade de fazer com que a pessoa pesquise sua relação com o próprio corpo enquanto corpo feminino, com a família de origem, com a vida afetiva e sexual, enfim com um universo que parecia destruído e destruidor ao mesmo tempo.
Desta forma, a paciente poderá compreender a sua obesidade como um sintoma, buscando - ao lado do tratamento dietético - encontrar um caminho para a compreensão de si própria, enquanto mulher e enquanto pessoa.

Sugestões de Leitura:
  Liberman M - Obesidade e mitos: O feminino posto em questão. Junguiana, 12:34-47, 1994.
 Lowen A - O corpo traído. São Paulo, Summus, 1979.
 Miller PM & Rankin H - Se sou tão inteligente por que como tanto? São Paulo, Siciliano, 1992.
 Perera SB - Caminho para a iniciação feminina. São Paulo, Paulinas, 1985.
 Stuart R & Jacobson B - Peso, sexo & casamento. São Paulo, Saraiva, 1990.
 Woodman M - A coruja era filha do padeiro. São Paulo, Cultrix, 1991.


Fonte:
por  Dr.Arthur Kaufman
Acessado em 15 de abril de 2012.