Dra Jaqueline Brendler. Presidente da SBRASH.Advisory Committe of WAS.
Apenas os princípios, de maior interesse para a clínica sexológica, encontram-se aqui, do novo e amplo modelo de resposta sexual, cujas publicações iniciaram no ano 2009, por Rosemary Basson, modelo esse que ficou conhecido como “circular”.
Como se desencadeia a reposta sexual, da maioria das mulheres, em relações duradouras? Para Rosemary Basson que propôs esse modelo alternativo, a excitação sexual ocorrem simultaneamente, depois que a mulher delibramente escolhe experenciar estimulação sexual, esta escolha é baseada em necessidades, do tipo ganhos e recompensas (intimidade emocional, compromisso, tolerência às inperfeições do relacionamento, bem estar do parceiro, dividir prazer físico com o parceiro) mais do que desejo para experenciar excitação física e liberação orgásmica. Qualquer um desses futuros ganhos podem ser uma força motivacional isolada, como também pode ser acompanhada de física necessidade ou apetite sexual espontâneo, integrando assim, desejo sexual responsivo e “espontâneo” (desencadeado por pensamentos, fantasias, apetite sexual consciente), embora esse último isoladamente. Basson diz ser típico de homens e mais raro em relacionamento de longo prazo em mulheres. Menciona que prazerosa experiência física é necessária para que esta sugerida motivação não sexual continur a longo prazo.
Então, a mulher numa situação de neutralidade sexual, visando obter um conjunto de recompensas que aumentam a intimidade emocional com o parceiro, procura estímulos/sinais sexuais, entra numa experiência erótica/sexual, sente excitação psicológica e desejo sexual o que provoca excitação física sexual. O desejo sexual, assim desencadeado, coincide ou é posterior à excitação sexual, e juntos levam a emocional e física satisfação. Ela propõe que sempre que esta satisfação. Ela propõe que sempre que esta satisfação acontecer aumentará a intimidade. Cita 4 subtipos de mulheres com Desordem de Desejo Sexual Hipoativo (HSDD).
E sabido que a excitação sexual tem componentes subjetivo e físico e não genitais (tensão muscular, tarquicardia, tauquipnéia etc) e genitais. Basson diz que o conceito da excitação sexual implica numa mente que está despertada sexualmente e que tem registrado o estímulo sexual. Uma vez que ele, o estímulo, é reconhecido como “sexual” facilitará ocorrer vaso congestão genital, na mulher saudável. O próprio estímulo sexual, na mulher, é julgado, como também o seu contexto, permitido, principalmente, a axcitação subjetiva. Segundo a autora, e excitação sexual, na mulher, é muito mais excitação mental, da apreciação do estímulo sexual como um todo, e menos da escitação consciente das mudanças genitais. A lubrificação vaginal que tem sido considerada o marcador genital da excitação, segundo Basson, nem sempre é facilmente perceptível, mesmo quando acontece. A percepção do ingurgitamento genital, como sexualmente excitante e intensifica a excitação subjetiva. Ela menciona que é positivo e erótico, em mulheres saudáveis, a leitura e a interpretação da mente, sobre o estímulo, o contexto do estímulo e sobre as mudanças genitais. Descreve, assim, um feedback positivo, entre o corpo e a mente, em mulheres saudáveis, a leitura e a interpretação da mente, sobre o estímulo, o contexto do estímulo e sobre as mudanças genitais. Descreve assim, um feedback positivo, entre o corpo e a mente, em mulheres saudáveis quanto à excitação sexual.
Ela sugere que muitas mulheres descrevam uma variedade de curvas e liberação com e sem orgasmo, durante a resposta sexual, diferente da clássica curva proposta por Masters/Johnson/Kaplan. Tece comentários também sobre vaginismo e dispareunia.
Cita exemplos de vários ciclos dinamicamente, momento a momentos, acontecem na mente cérebro e o corpo/resposta somática durante o exercício da sexualidade feminina, a fim de desfazer a dualística classificação da etiologia dos problemas sexuais como sendo “psicológicos” ou “físicos”. A maioria desses feedbacks já eram conhecidos pelos estudiosos do assuntos, contudo foram agrupados, pela autora, em vários sistemas visuais facilitando o entendimento da sua integração, seus efeitos positivos, promovendo uma boa resposta sexual e os negativos dificultando ou impedindo o exercício pleno da sexualidade.
O que mais diferencia a proposta de Basson do modelo tradicional é que, no último, a reposta de uma mulher saudável inicia-se no desejo sexual, é seguida da excitação sexual, orgasmo e resolução. No modelo circular, a resposta feminina é desencadeada pela possibilidade do ganho não sexual aumentar a intimidade emocional como o parceiro, o que , a faz procurar deliberadamente estímulos/sinais sexuais. Outro marcante ponto é que, no modelo de Basson, o desejo sexual coincide ou é posterior a excitação sexual subjetiva, pois a mulher começa a experiência sexual da situação de “neutralidade sexual”.
Apesar do novo modelo de Basson possibilitar incorporar “o desejo espontâneo”, ele principalmente descrece o desejo como um ciclo reponsivo, relatando a motivação sexual baseado na intimidade, o que facilita aos sexólogos o entendimento dessa via acessada por muitas mulheres com funcionamento sexual saudável. Essa nova visão modificará os tratamentos e ele cita situações de HSDD e DES nas quais novas drogas não funcionariam.
Referência de leitura recomendadas:
· Basson, R . The female sexual response: a different model.. J Sex Marital Ther.26 ( 1) : 51-66, 2000.
· Basson, R. Human Sex-responses cycles. R. Basson. J Sex Marital Ther.27 ( 1) , 33-44, 2001.
· Basson, R . Are the complexities of Women's sexual function reflected in the new consensus definitions of dysfunction ?. J Sex Marital Ther, 27( 2) : 105-112, 2001.
· Basson, R . A model of Women's sexual arousal. J Sex Marital Ther, 28 (1) : 1-10, 2002.
· Both, S; Everaerd W( ?) . Commnet on " the female sexual response: a different model " J Sex Marital Ther, 28 ( 1 ) : 11-17, 2002.
· Basson, R .Women's sexual Desire- Disordered or Misunderstood ? J Sex Marital Ther, 28, suppl 1: 17-28, 2002.
· Basson, R .Are our definitions of women's Desire, arousal, and sexual pain disorders too broad and our definition of Orgasmic disorder too narrow ? J Sex Marital Ther, 28( 4): 289-300, 2002.
· Anais do X Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, de 15 a 17 de Setembro de 2005, Porto Alegre, Brasil, páginas 55 e 56.
Fonte: