O sexo anal implica a introdução do pênis no ânus para a obtenção do prazer sexual. Essa variação já foi muito usada na Antiguidade como método anticoncepcional. Na Mesopotâmia, era praticado naturalmente, sendo que entre os assírios chegou a ser elementos de cultos religiosos. Na Roma Antiga, na noite de núpcias, os homens se abstinham de tirar a virgindade da noiva em consideração à sua timidez, entretanto, praticavam sexo anal com elas.
Em muitas épocas da história da humanidade o sexo anal foi considerado pecado ou crime. Na França, antes da Revolução, essa prática era passível de condenação à morte na guilhotina, e na Inglaterra, no século XVII, era considerado crime contra a natureza, com penas de morte e prisão perpétua. Para o Cristianismo, era um pecado mortal. Em 1988, na Geórgia, Estados Unidos, um homem foi condenado a cinco anos de prisão por te confessado ter mantido relação sexual anal com a esposa com o consentimento desta. Naquele estado vigorava uma lei de 1832. Mas apesar de todas as sanções, o sexo anal sempre foi praticado.
Os homens desejavam e apreciam mais o sexo anal do que as mulheres. Masters e Johnson afirmam que 43% das mulheres casadas já experimentaram, embora a maioria não goste muito dessa atividade. Mas, de qualquer forma, o intercurso anal é uma prática comum, embora não costume ser bem sucedida. Para que possa ser desfrutada, é fundamental que as pessoas envolvidas não tenham preconceitos e não encarem o sexo anal como algo sujo e feio. Em segundo lugar, é necessário que se aprenda a controlar os músculos do ânus, já que o esfíncter foi trinado desde cedo a ficar fechado. Só assim esse tipo de prática não produzirá dor. Além disso, é indicado o uso de lubrificantes que facilitem a penetração, na medida em que essa região não produz lubrificantes naturais na quantidade necessária.
Os homens são geralmente os que mais desejam, pois o aperto do ânus proporciona um prazer bastante intenso. A maioria das mulheres evita ou até mesmo recusa o sexo anal, alegando dor ou desconforto. Os músculos do ânus são muito mais apertados do que os da vagina e, se a introdução do pênis for feita de forma brusca, pode realmente machucar. Independentemente da penetração, a estimulação anal é muito excitante para homens e mulheres que se estimulam nessa área durante o ato sexual. O fato de um homem sentir prazer em ser estimulado no ânus ou de desejar fazer sexo anal freqüentemente com uma mulher não significa tendências homossexuais. O que define a homossexualidade é o desejo sexual por alguém do mesmo sexo e não a área do corpo que proporciona prazer.
A estimulação por penetração anal conduz ao orgasmo, embora não existam estatísticas determinando o número de pessoas que sente orgasmo anal.
É importante que após a penetração anal o pênis não seja introduzido na vagina sem o proceder à limpeza adequada para que as bactérias próprias do reto e do intestino não sejam conduzidas para o interior da vagina, causando infecções.
O sexo anal, assim como tantas outras práticas sexuais, só se justifica se for prazeroso para ambos os parceiros, e não por obrigação ou para agradar o outro. Não se pode esquecer, porém, que a penetração anal por si só não causa AIDS, mas segundo os estudiosos, é a forma mais fácil de transmissão do vírus, que é absorvido pela corrente sangüínea através da mucosa anal.
Fonte:
Lins, R. N. A Cama na Varanda: arejando novas idéias a respeito de amor e sexo.Novas tendências.ed rev e ampliada.Rio de Janeiro:BestSeller, 2007; 377-380.
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